quinta-feira, 5 de maio de 2011

HISTÓRIA DOS FILHOS DA CARIDADE NO BRASIL

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Parte 3...

 O padre João Le Berre tinha ido começar um trabalho pastoral em Belo Horizonte, paróquia do Bom Jesus do Horto e recebeu a ajuda do padre Afonso que tinha chegado em 1.961.



Também em março de 1.964 a Congregação mandou o padre Roberto Du Lattay que, após estudar a língua, começou o serviço pastoral em Santa Terezinha. O jeito simples de  atender o povo agradava muito e começaram grupos de donas de casa e de operários reunidos na Ação Católica Operária”. Assim, tivemos muito bons animadores como Anastácio Brolezzi que tinha ido ao Congresso de Roma em 1.957 como delegado da diocese.

Desejando promover a formação de leigos responsáveis, o padre Pedro iniciou um trabalho com professores da rede pública de ensino chamado “Equipes docentes” que continua até ho je animado por Marinice de Ribeirão Pires.

Estando 3 padres, tentamos realizar um sonho de ir trabalhar em fábrica para partilhar melhor a vida  e o suor dos que lutam para sustentar a família. Assim, José Mahon trabalhou em 1.964 nas Indústrias Villares em São Bernardo do Campo; Pedro Jourdanne trabalhou em 1.965   e  1966  na   Nordon   em   Utinga;
Roberto Du Lattay em 1.967 nos irmãos Vassoler na Avenida Industrial, mas percebemos que era quase impossível atender bem os paroquianos e trabalhar em fábrica.
O bairro, muito pobre, em 1.962 começava a transformar-se com asfalto nas ruas, água encanada, iluminação pública, maior comércio na rua principal (Alameda Dr. Vieira de Carvalho) O padre José teve uma longa ausência de 22 meses por motivo de saúde (tuberculose), mas voltou em julho de 1.969.

Em 1.967 um religioso uruguaio, Carlos Tosar, ao solicitar a sua entrada nos Filhos da Caridade do Brasil, foi aceito e preparou a ordenação sacerdotal realizada no 17 de julho de 1.969. Ele atuou muitos anos como assistente da Ação Católica Operária e, depois, na Pastoral Operária de Santo André; trabalhou em várias fábricas da região entre elas a ZF de São Caetano e a Firestone em Santo André. Futuramente foi enviado a Rio Grande da Serra onde, já idoso, ajudava na medida de suas possibilidades. Por fim, no Natal de 2.009, já com 83 anos, integrou uma casa de padres idosos em Montevidéu, no Uruguai, sua terra natal.

Pe. José Mahon Fc.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

HISTÓRIA DOS FILHOS DA CARIDADE NO BRASIL

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Parte 2


Pedro Jourdanne e José Mahon que desembarcaram em São Paulo no dia 1º de dezembro de 1.961, acolhidos pelo frei “João Batista” dominicano que tinha montado uma fábrica comunitária de móveis na Rua Vergueiro, no bairro de Ipiranga.

A primeira necessidade era a de aprender a falar português, tarefa que não foi fácil, mas uma religiosa idosa do colégio de Sião em São Paulo,  irmã Nímia, se prontificou para ensinar a língua aos dois padres que chegavam.

E foi assim que na sexta feira 26 de janeiro de 1.962, os dois chegaram na igreja de Santa Terezinha, com a mochila e uma mala, sem conhecer ninguém e falando muito mal a língua portuguesa. No sábado Dom Jorge veio apresentar os novos padres aos paroquianos e a maior parte nem sabia da saída do padre italiano. Alguns homens representavam o Conselho paroquial para assinar a ata da tomada de posse.

Começava o trabalho missionário, com uma acolhida do povo além do que se podia imaginar. Por onde se passava todas as casas se abriam, almoço numa casa, jantar numa outra e vários diziam que era Santa Terezinha, a carmelita francesa que tinha enviado estes padres patrícios dela. Aos poucos - usando a batina como todos os padres naquela época - iam conhecendo as famílias a começavam a falar um pouco melhor.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHd0dbEJyD7xyZqAEcMSOn5q_Dz7OiIlOZIsUBgFwQMc4wyMfEbYFa__y3RLkFiVdfqriWXFygrI-QNvoN35egxbf7Mql5SrAB3p7-WdKonMwzZhCWocTRBaEiYlMPsdIWdQSi7ebVnofP/s1600/vaticanoII%5B.jpgQuando começou a Quaresma, tivemos a idéia de construir um novo altar para celebrar de frente para o povo e não virando as costas como se fazia naquela época e o povo gostou muito. Havia muitos homens e jovens reunidos na Congregação Mariana e junto com as moças da Pia União das Filhas de Maria, começamos uma formação bíblica.

Em outubro de 1.962 começou o Concílio Ecumênico Vaticano II e Dom Jorge foi participar. Incentivados pelo Papa João XXIII, a Igreja se abria cada vez mais e Dom Jorge voltava das sessões do Concílio cada vez mais entusiasmado. Foi um momento tão rico da história da nossa igreja...

Em fevereiro do ano seguinte tivemos uma idéia considerada um pouco revolucionária para a época, de fazer um Carnaval paroquial para oferecer aos jovens um divertimento sadio no salão paroquial e foi um grande sucesso, mas a imprensa nacional noticiou o acontecimento  e houve muitas críticas. Na Semana Santa havia a Procissão da Sexta Feira Santa com apresentação da Paixão de Cristo nas ruas com uma enorme participação do povo. As obras da construção da nova igreja continuavam num ritmo lento, mas nunca parou.

Pe José Mahon Fc.