(Teatro)
SENHORA POETIZA DA SILVA
AUTOR: Leonardo J. D. Campos
Ao som de uma música, entra uma mulher vestida de idosa...
MULHER:
Como é lindo esse lugar
Muitas coisas eu vivi
Tanta emoção ao lembrar
Como é bom estar aqui
“Poetiza da Silva” aqui estou
Para falar de amor, de sonho
Sou valente e sou contente
Sonhadora que um dia sonhou
Mil novecentos e noventa e três
Data que marcou de vez
Foi na Caridade sem timidez
Eterna história ali se contou
Quanto tempo já se passou
A personagem fica imóvel ao som de uma Música e entra uma jovem de rosto pintado de verde amarelo (menção a juventude do “Fora Collor”) e uma fita na cabeça...
JOVEM:
Mari Bueno a primeira a ganhar
“Jovem”, poema que fez emocionar
Foi-se o tempo meu amigo
Valdeni faturou o segundo
Falou da mulher e do mundo
Com emoção lembrando eu sigo
O terceiro Eunice Germana
“Mãe Caridade”, seu poema emana
Quanta gente naquele dia!
Aí veio a Vilma Toledo
Exaltando “A Procura” sem medo
Venceu o quarto concurso de poesia
A personagem fica imóvel ao som de uma Música e entra uma jovem vestida de índia...
ÍNDIA:
Amazônia, vida e missão neste chão
De novo o poema de Eunice Germana
O público se encanta e de pé emana
Quanta alegria no palco da emoção
Abriram-se cortinas de outro espetáculo
Quinto concurso, como alvo de venábulo
Na direção de um tempo que já consolidou
A firme e sólida caminhada de nossa fé
Levados pelas trilhas dos confins, onde der
Foi Eunice a vencedora, o bi conquistou
Entra o personagem Índio, pega na mão da Índia, e recita....
ÍNDIO:
Como rimas perfeitas que fazem festa
Por um trilhar que não se aquieta
Sigo contando minhas histórias
Como o voar de um condor
Estes versos falam de amor
Eternizados em nossas memórias
Por Deus somos chamados
Pela mãe Maria emanados
Para cumprir nossa missão
Que este seja um momento
Que não se perca ao vento
Mas eternizado no coração
MULHER:
Preciso ainda falar que quero acreditar
Um dia nos campos do mundo, sem moribundo
Floresça esperanças sem limites
Reinando a paz e o amor profundo
Os homens decretem o fim de toda guerra
Do ódio oriundo, até me confundo
JOVEM:
Todas as crianças ocupem agora as ruas
A guia que guiem seus encantos
Seus sonhos embalados de todos os lados
Não há mais medos ou espantos
Seus direitos agora são respeitados
Saem as armas para emanar os acalantos
ÍNDIA:
O sonho que se sonha não é mais insônia
O ser que se diz ser já tem o seu lugar
O sorriso que era tanto preciso, agora sorri
Sorri para a vida, já não contida a cantar
Impera a justiça sem a cobiça do ter
Somos um só povo, nas trilhas do novo à trilhar
MULHER:
Assim eu, Poetiza da Silva sim senhor
Revelo esse projeto de amor
Que nasceu de um amante da poesia
Sem conhecer direito as rimas dos gigantes
Coloca-se nas trilhas como pervagante
Desse dom das pessoas, hoje aqui irradia
TODOS:
VIVA A POESIA!